As usinas solares são uma das formas mais seguras, limpas e eficientes de se produzir energia atualmente, mas apesar do evidente sucesso, poucas pessoas sabem como elas funcionam e que não existe apenas um jeito de aproveitar a energia solar.
Se você é um leitor fiel deste blog, já deve ter decorado quais são os processos que ocorrem dentro de uma placa fotovoltaica: a luz solar incide sobre a placa feita com materiais semicondutores e, por meio do efeito fotoelétrico – agradeçamos a Einstein por isso – os elétrons são ejetados para fora do material, gerando uma diferença de potencial elétrico entre duas áreas da placa. Finalmente, dessa forma é produzida a corrente elétrica que alimentará a sua residência.
Entretanto, há uma outra maneira um pouco menos popular de chegar aos mesmos fins: as usinas termossolares.
Elas funcionam por meio de um arranjo de diversos espelhos côncavos direcionados a um único ponto; um reservatório de água. O calor gerado por essa concentração de raios solares eleva a temperatura e a pressão da água a números altíssimos, até que as válvulas desse reservatório sejam desprendidas, fazendo com que o vapor seja liberado com força o suficiente para girar as turbinas e criar as correntes elétricas.
Esse processo é similar ao de uma usina hidrelétrica, mas ainda mais simples.
Como funciona uma usina solar flutuante?
As usinas solares flutuantes, por sua vez, utilizam o sistema com placas fotovoltaicas sobre grandes reservatórios de água como lagos, represas, açudes, aterros sanitários, estações de tratamento e reservatórios de hidrelétricas.
As placas, de cerca de 25kg cada, se mantêm sobre a água graças a um sistema de flutuadores de plástico reforçado com fibra de vidro, que podem ou não ter uma estrutura de metal para apoiar as placas.
Para manter a usina no local, os flutuadores podem ser ancorados ao fundo ou às margens do corpo d’água.
Essa tecnologia é relativamente nova e, por isso, ainda tem pouca aderência ao redor do globo, mas é muito vantajosa por liberar terras que podem ser usadas para habitação e agricultura, reduzir a evaporação da água – que é uma ótima maneira de driblar a estiagem em locais mais áridos – e aumentar a eficiência das placas, por conta do resfriamento que a água provoca nelas.
Por ser ainda pouco conhecida e utilizada, o valor de instalação e manutenção desse tipo de usina ainda é elevado e essa é a sua única desvantagem.
Onde está situada a primeira usina solar flutuante do Brasil?
A primeira usina solar flutuante do Brasil foi inaugurada em 5 de agosto de 2019 em Sobradinho, na Bahia, como uma iniciativa do Governo Federal e com capacidade para gerar até 1MWp.
A usina foi instalada pela Companhia Hidrelétrica do Rio São Francisco e conta com quase 4 mil módulos fotovoltaicos.
Esse projeto foi um primeiro passo de um plano do governo para ampliar o uso da energia solar em nossa matriz elétrica e já conta com outras usinas flutuantes concluídas, em processo e planejadas, em outras cidades da Bahia e no Amazonas.
Estima-se que foram investidos mais de 100 milhões para a realização dessas obras e que a capacidade total de produção de energia solar apenas no lago de Balbina, no Amazonas, é de mais de 300MW!
Você também acha que a energia solar é o futuro e quer fazer parte dele? Saiba como funcionam as usinas de energia solar!